domingo, 4 de dezembro de 2011

SANTA BÁRBARA - 04 D DEZEMBRO




Patrimônio Imaterial

A festa de Santa Bárbara foi considerada patrimônio imaterial da Bahia no dia 3 de dezembro de 2008 pelo governo do estado. O decreto que registrou a cerimônia reafirma a importância da diversidade cultural e religiosa que a festa reúne. “Santa Bárbara passa a ser uma santa cultuada dentro da religião católica, que ganhou uma versão baiana quando ela foi similarizada a Iansã. Todo rito dela passa a ter parâmetros com a religião de matriz africana”, diz o pesquisador. “Duas características principais da festa de Santa Bárbara são essencialmente do candomblé, que é a prática do transe [quando ‘filhos de santo’ manifestam Iansã na procissão] e da culinária, com o tradicional caruru”, complementa. A intensa participação do povo no dia 4 de dezembro caracteriza oficialmente a festa de Santa Bárbara como a celebração que marca o início do ciclo das festas populares da Bahia.

A festa

Realizada há mais de 300 anos, a festa de Santa Bárbara começa com uma queima de fogos, por volta das 5h, como a maior parte das comemorações religiosas. A concentração na Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos marca a primeira missa celebrada às 8h e, por conta do número de fiéis, uma missa campal é realizada no Largo do Pelourinho, seguida de uma procissão com destino ao quartel do Corpo de Bombeiros, localizado no bairro da Barroquinha. Segundo a tradição, a última parada da procissão é o Mercado de Santa Bárbara, onde é distribuído um caruru para a população. Para Sodré, a festa, acima de tudo, demonstra o poder da mulher na Bahia. “É uma festa que demonstra o poderio feminino. São as mulheres consideradas retadas, ousadas, que não dependem dos homens para se manter”, conclui o pesquisador

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